sexta-feira, 30 de julho de 2010

Conversando com a Vee.

G: A vida é tão preciosa, Vee. E a gente pode perder da noite pro dia... a gente pode morrer atropelado, a gente pode ter câncer..
V: Pior é que a gente pode perder da noite pro dia mesmo...
G: A gente pode sofrer horrores por um idiota que te tira todos os sentimentos... eu podia ter morrido antes disso, algum de vocês podia ter ido embora, ter cansado de mim... e sabe, eu nunca mais saberia como é amar alguém. Agora, eu sinto como se eu tivesse pouco tempo... tempo de menos pra espalhar todo esse amor que tem dentro de mim. Eu só queria que todos soubessem o quanto eu me importo, mas parece que não tem palavra suficiente.
V: Não sai por palavras, talvez mais por ações mesmo, Gab.
G: Vee, eu sinto tanto medo... eu não consigo explicar, é medo... medo de perder vocês... medo de me perder outra vez.
V: Acho que tu devia aproveitar o máximo que puder agora, pra se acontecer de nos perder tu ter coisas boas pra lembrar. 

eu jamais vou esquecer. 

My wish

...e se estiver frio lá fora, mostre ao mundo o calor do seu sorriso...

Espero que conheças muitas pessoas boas e más e que com isso entenda um pouco do mundo; espero que te divirtas, que beba até cair, e que todas as vezes que cair, independente de beber, que consigas levantar; espero que tu tenhas dinheiro, porque é realmente importante; espero que tenhas muitos outros amigos, mas que nunca me esqueça; espero teus momentos bons sejam eternos, e espero viver muitos desses momentos contigo; espero que tu ames, que ames muito, ame pessoas, ame lugares, ame objetos... Mas que ame, acima de tudo, a ti mesmo; espero que tu ames a ti mesmo sem perder a humildade, mas não deixar-se humilhar.
Espero que tu transponhas barreiras, que vença desafios, que inove, brigue, lute pelo que tu acreditas. Porque eu acredito em ti. Espero que para cada lágrima derramada por tristezas, que tu tenhas um bom momento para lembrar e compensar; e espero que tu chores sim, de tristezas inclusive, porque todos somos tristes às vezes, e chorar ajuda sempre...  Espero que tu nunca te esqueças dos que te amam, e que saiba reconhecer quem te ama de verdade; espero que teu futuro brilhe tanto quanto teus sorrisos, e espero que tu realizes todos os teus sonhos, e que teus sonhos sejam sempre tão grandes quanto o teu coração.


My wish, for you, is that this life becomes all that you want it,
to your dreams stay big, and your worries stay small,
You never need to carry more than you can hold,
and while you're out there getting where you're getting to,
I hope you know somebody loves you, and wants the same things too,
Yeah, this, is my wish....

terça-feira, 27 de julho de 2010

Para minh'alma

Por favor, não fujas,
Eu preciso de ti.

Desnecessário

O vento está soprando tão forte
e eu, quente, acomodada
Com olhos pesados de pensar na sorte
Não quero admitir estar cansada
Apenas quero esperar
A chuva cair
O dia surgir
A hora chegar...

domingo, 18 de julho de 2010

Eternidade II

Passaste.
Passaram por mim.
Passei por ti.
Passei por eles, passei por mim.

Mudei. Mudaram.
Voltamos a ser o que éramos
Mudamos.
E de novo.

Mas tu continuas igual.

Igual. 

Bem, eu poderia rir agora.
Mas te contamos da mesma forma
Aqui, lá. Todos.
Não é isso que importa? – te percebemos, te aceitamos, te domamos.
E tu?
Tu nos dominas.
Cada parte de ti faz com que sejamos teus servos
Cada parte de ti faz com que tenhamos pressa
Cada parte de ti faz com que precisemos de mais.
Cada parte de ti faz com que soframos e renasçamos a cada parte de ti...

Mesmo que mudemos...
Mesmo que mudemos isso nunca mudará:
precisamos de ti
te disputamos,
sofremos quando tu nos foge
nos irritamos
E tu?
Tu ris.
Já disse: não tens escolha.
Nem tu, nem eu, nem nada pode mudar isso.
Passamos por ti, como passas por ti, como passamos por nós.
Como os outros passam por nós
Ou talvez não...
Talvez seja diferente.

Ah, sim.
Como pude eu querer te comparar?

Além de único.
“Cruel cavalheiro solitário...” 

Solitário és.
Quem te definiu?
Quem te criou?
Quem?
Como podes te manifestar?
Se passas, silencioso, ao som dos “tique-taques”
as batidas não mudam, teus sons se repetem
tique-taque
tique-taque
tique... 

Acho que a luz está aflorando.
Está saindo de cada espacinho da terra.
E de toda a Terra.
Ela está nos dominado. Quente. Confortável.
Ou quente de mais.
E o tempo nos foge para reverter isto.
Ah, tempo...

Às vezes penso que se esta luz morresse
Esta e todas as outras
Se fosse total o escuro
Total a solidão
Pararias.
Eu te tocaria.
E tu me responderias.
Arrancaria de mim esta duvida...
Esta e todas as outras.
...como a uma flor murcha no jardim... 

Ah, Tempo...
Teus sons...
Teus sons agora são os trovões lá fora.
E as tuas cores, as mil linhas que se unem formando os raios.
arrancando mais do que podem controlar. 
Arrancando...
...arrancando!
E de novo...
De novo...

Senhor, olhai por nós.

Pequenos prazeres

O cheiro forte dos livros guardados e recém abertos
O ruído da folha sendo arranhada pela caneta...
A página sendo virada pelo dedo úmido de saliva
E o gosto da mão suada, pela euforia de sua criação:
As palavras, lado a lado,
em uma composição harmoniosa
que transporta a qualquer situação ou lugar
e proporciona com clareza todos os sentidos... 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dois pontos formam uma reta

Era uma vez uma caneta macia
Deslizando por um papel poroso
Guiada pela poetisa-vazia
Que nunca chorava o que pouco sentia
E pouco sorria o que sentia doloroso.

Suas unhas eram redondas
Com pedaços de pele espetada
Suas idéias obtusas lhe vinham em ondas
Sempre que pensava em sua semana parada

Ao deitar em seu travesseiro de flores
Ela sonhava sonhos arborizados por horas longas
A poetisa guiava seus sonhos por sonhos encantadores
Cheios de casas amarelas e pés de maçã
E sonhava longamente até de manhã

Até que um dia a caneta acabou
As folhas rasgaram, as flores murcharam
E ela esqueceu o sonho que sonhou
Seus peitos cresceram, suas idéias mudaram
E ela não pôde evitar...

E num outro dia, enquanto tricotava e sorria
Um neto seu trouxe uma maçã para ela
Ela agradeceu gentilmente,
mordeu um pedaço e observou, descrente
Que sua casa era amarela... 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Eternidade I

A tempestade bate à porta
Cunhando um novo significado para duas sílabas,
Arruinando lavouras,
Destruindo vidas...

Uma reunião de amigos
Um mês de trabalho
A vida de um filho:
O que nos dá o mundo
ele nos arranca,
Como a uma flor murcha do jardim.

Eclipsa todas as esperanças
Mas continuamos a esperar
Como não poder ver as estrelas no céu subitamente escuro
Mas acreditar que estão lá.

E do mesmo modo que se fez noite
Faz-se dia
Mas já não estamos no mesmo mundo:
Tudo esta vazio.
O que resta é uma lembrança – solúvel, inatingível
Que se esvai com um suspiro
E cai, então, o manto do esquecimento.

Quero acordar ao estralar dos dedos
Mas o deserto de areia não desaparece.
A lua cobre o sol – dispensando a peneira...
E então passo a ter vidro sob os pés
Será que a Terra está esquentando?
A cidade está sob a lava do vulcão
E eu estou flutuando entre as nuvens tóxicas resultantes da erupção.
A alvenaria agora é pó
E os corpos cinza são feitos de mármore.
Não sou um deles...
Mas poderia ser
Bastaria que fosse o meu tempo de morrer;
Mas não tenho tempo
Pois preciso de abrigo
É tempo de fugir
É tempo de acordar
Tempo de buscar, tempo...
É tempo de viver
Já não é tempo de sonhar.

Soberano, indomável
Cruel cavaleiro solitário
Ajuda a uns, renega a outros
Mas é sempre a esperança de todos...
Qual é o teu critério de seleção?
Não me digas, mas te peço:
Por favor, não fujas,
Eu preciso de ti.

Já não posso ver as estrelas
nem o que sobrou de sua luz
nem o sol, nem a lua que o cobre...
Agora sou o vidro que se parte sob os teus pés
Em mil cacos
ou até mais...
Tantos, que nem a eternidade pode contar...
Mas, Tempo, tempo para ti não é problema!
Diga-me, tu, quanto tempo tu tens?
Quanto tempo tenho eu?
O suficiente para juntar meus pedaços até quebrar outra vez?
Não, não me diga nada.
Não me diga por que fugistes
Não me diga por quê...
Nem traga de volta as estrelas que apagastes,
As flores que arrancastes
ou as vidas que destruistes.
Ironicamente, não tens escolha...
Não há caminho de volta
Para nenhum de nós:
O fundo do poço já é próximo
Mas há uma luz no centro da Terra.

sábado, 10 de julho de 2010

Necessidades

Precisa-se de palavras bêbadas para calar desabafos cruéis;
Precisa-se de dias frios para esquecer sonhos quentes;
Precisa-se de bons amigos para dispensar futilidades;
Precisa-se de metas reais para sufocar vontades impossíveis...
Precisa-se de realidades chocantes para desprezar devaneios
Precisa-se apenas de uma vida para desejar a morte...
e precisa-se morrer aos poucos para desejar uma nova vida.
Precisa-se apenas de necessidades para divagar, e apenas divagar para desejar.
Porque precisa-se de tanto que nada é o bastante a ponto de se precisar...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Souvenir

O presente me oferece algo especial. Agarro com as duas mãos, pernas, dentes. Não procurei, mas era algo de que tanto precisava, sem saber. Mas ainda preciso de tanto mais, preciso me desfazer de coisas, preciso mudar velhos hábitos, preciso encarar atitudes e tomar decisões que ainda não tenho maturidade suficiente para fazer. Sinto-me inserida num mundo paralelo de sonhos, tão simples se o observador for uma pessoa comum, mas tão único para mim! Do outro lado, o mundo real me enche de cobranças e situações desprezíveis e desagradáveis, em sua maioria, inúteis. Perdida entre dois extremos, perco tempo precioso com devaneios e ansiedades incontroláveis.
Uma época tão boa.. mas por que nunca me é o suficiente? Por que não posso me contentar e buscar ser feliz com o que há?
É estranho. É inexplicável, para mim. Mas, sinceramente, não quero entender. Quero aproveitar este pequeno presente da vida, deixar os dias se seguirem às horas, para depois virem as semanas, os meses, e, finalmente, alguns anos.
E tudo vai melhorar, eu prometo.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Suaves mistérios

Semelhante às rosas, cujas pétalas envolvem e protegem umas às outras, conhecer-te e solucionar teus enigmas é conhecer novos enigmas a desvendar. Ao te ver, quis te conhecer; ao te conhecer, quis teu carinho e quis que quisesses o meu; ao tê-lo, quis entender porque o quero e quando não pude entender, percebi que se eu entendesse serias para mim como uma rosa sem pétalas, e sem os enigmas tão acolhedores para alguém que, como eu, procura nas incógnitas o que simples respostas não oferecem: o prazer do tentar te desvendar.